COMO POSSO SABER QUE OS 66 LIVROS DA BÍBLIA FORAM OS ESCOLHIDOS POR DEUS?
COMO POSSO SABER QUE OS 66 LIVROS
DA BÍBLIA FORAM
OS
ESCOLHIDOS POR DEUS?
A Bíblia é composta pelo Antigo Testamento, com 39 livros, e pelo Novo Testamento, com 27 livros. Todos estes livros foram dados por inspiração de Deus, para serem o nosso modelo de fé e vida prática (2Timóteo 3.16). Estes 66 livros formam o cânon bíblico.
A palavra cânon significa regra, modelo, exemplo, referência.
Por exemplo: É como uma unidade de medida.
1 cm tem a mesma medida em qualquer régua porque assim foi definido
e não pode ser alterado.
O cânon bíblico são os livros
aceites como inspirados por Deus e, como os 66 livros fazem parte do cânon, não
podem ser alterados, acrescentados ou retirados.
Deus inspirou escritores e por isso podemos dizer que estamos a
ler realmente a Palavra de Deus. Mas como sabemos que os 66 livros foram escolhidos
por Deus? Será que havia livros que deviam estar na Bíblia, mas foram excluídos
pelos homens? Ou será que temos livros na Bíblia que não foram inspirados por
Deus? Como foi o processo de escolha do cânon bíblico?
O problema em determinar o cânon
bíblico é que não temos uma lista dada por Deus dos livros que devem pertencer
à Bíblia.
ANTIGO TESTAMENTO
Os judeus têm os mesmos 39 livros do nosso Antigo Testamento, a que eles chamam de Escrituras, pois a maioria não reconhece o Novo Testamento. Por isso, não foi muito difícil a escolha destes livros, pois já havia uma tradição de leitura destes livros entre os judeus.
Em 250 d.C. houve uma concordância quase universal.
A escolha do cânon foi um processo
feito primeiro por rabinos judeus, mais tarde pelos primeiros cristãos, e
depois pelas maiores autoridades da Igreja Católica Apostólica Romana.
Em geral os livros que constavam no cânon tinham de ter:
A maior dificuldade deveu-se aos
livros apócrifos. Livros apócrifos são livros que não foram reconhecidos como
sendo inspirados por Deus, embora tenham valor histórico.
Entre Malaquias e João Baptista houve um período de 400 anos. Durante este período Deus não se revelou, mas os judeus escreveram centenas de livros sobre esse tempo. Alguns dos ensinamentos são questionáveis e vão contra a mensagem central dos outros livros reconhecidos como inspirados, e outros trazem textos fantasiosos e erros históricos.
É por isso que estes livros,
embora tenham valor histórico, não têm nenhuma autoridade para a Igreja, e nem
podem ser aprovados ou utilizados.
Apesar disso, estes livros foram aceites por muitos, por considerarem que tinham informações úteis. Mas, também, muitos lutaram para que eles não fizessem parte do cânon por não serem inspirados por Deus.
NOVO TESTAMENTO
Em relação aos livros do Novo Testamento o processo foi mais complicado.
Só evangelhos existem cerca de 100 que foram escritos com lendas sobre
Jesus. Sendo que os 4 Evangelhos que temos na Bíblia não nos falam sobre a
infância de Jesus, houve quem quisesse escrever estórias para satisfazer a
curiosidade das pessoas. Assim temos estórias inventadas que nos dizem que, por
onde Jesus passava nasciam flores e saiam borboletas, que Jesus um dia
encontrou um passarinho morto tocou nele e o passarinho começou a voar, que
matou um professor por o ter reprovado na escola, etc.
O mesmo acontece com dezenas de livros de atos, cartas e apocalipses.
No concílio de Niceia que se deu a
325 d.C. foram usados vários princípios para determinar se um livro do Novo
Testamento era realmente inspirado por Deus:
Os judeus têm os mesmos 39 livros do nosso Antigo Testamento, a que eles chamam de Escrituras, pois a maioria não reconhece o Novo Testamento. Por isso, não foi muito difícil a escolha destes livros, pois já havia uma tradição de leitura destes livros entre os judeus.
Em 250 d.C. houve uma concordância quase universal.
Em geral os livros que constavam no cânon tinham de ter:
- Autoridade divina - Ex.: “Assim diz o Senhor”.
- Autoridade profética – Ter sido escrito por um reconhecido
profeta de Deus.
- Ser confiável – Ter a mensagem central de Deus e
sem contradições em comparação aos restantes livros.
- Ser reconhecida pelo povo de Deus – Os judeus
reconheciam esses livros como inspirados por Deus e por isso eram lidos e
estudados nas sinagogas.
Entre Malaquias e João Baptista houve um período de 400 anos. Durante este período Deus não se revelou, mas os judeus escreveram centenas de livros sobre esse tempo. Alguns dos ensinamentos são questionáveis e vão contra a mensagem central dos outros livros reconhecidos como inspirados, e outros trazem textos fantasiosos e erros históricos.
Apesar disso, estes livros foram aceites por muitos, por considerarem que tinham informações úteis. Mas, também, muitos lutaram para que eles não fizessem parte do cânon por não serem inspirados por Deus.
Em relação aos livros do Novo Testamento o processo foi mais complicado.
O mesmo acontece com dezenas de livros de atos, cartas e apocalipses.
- O autor tinha de ser um apóstolo, ou ter tido uma ligação próxima com algum deles.
- Haver tradição de leitura e estudo do livro nas comunidades cristãs.
- Ser aceite pela liderança da igreja.
- O conteúdo do livro teria de estar dentro dos ensinos dos apóstolos e não ir contra a fé cristã.
- Ter valores morais e espirituais.
Esta escolha foi feita por homens, mas pela fé, acreditamos que Deus esteve sempre presente em todo o processo e sabemos que os requisitos para identificar os livros inspirados por Deus foi rigoroso.
